notícias Desertificação e seca: desafios globais que exigem ação imediata e regeneração ambiental

17/06/2025

Neste 17 de junho, data em que se celebra o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca, o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (idg) reforça a importância de ampliar o debate público sobre o uso do solo, os impactos ambientais da degradação da terra e as soluções possíveis para um futuro mais sustentável.

A desertificação é um fenômeno silencioso, mas devastador. Trata-se da degradação progressiva dos solos em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de fatores como atividades humanas intensivas e mudanças climáticas. Embora muitas vezes negligenciada nas grandes pautas ambientais, a desertificação já compromete a segurança alimentar, a disponibilidade de água, a biodiversidade e o modo de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 3,2 bilhões de pessoas são afetadas pela desertificação e pela degradação da terra. No Brasil, o problema atinge especialmente o Semiárido nordestino, onde mais de 13% do território nacional apresenta risco de desertificação, impactando comunidades tradicionais, agricultura familiar e o equilíbrio dos ecossistemas.

As causas desse processo estão associadas ao desmatamento, à exploração insustentável do solo, ao uso inadequado da água e aos efeitos cada vez mais intensos da crise climática. Esses fatores, somados, criam um ciclo de empobrecimento da terra que prejudica a produção agrícola, intensifica a escassez hídrica e estimula migrações forçadas em busca de condições mínimas de sobrevivência.

A desertificação é reversível e a restauração é um investimento inteligente

O tema de 2025, definido pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), propõe uma mudança de paradigma: "Restaurar a Terra. Desbloquear Oportunidades."A campanha internacional chama a atenção para a necessidade de encarar a restauração da terra como uma oportunidade concreta para geração de empregos, segurança alimentar, combate à pobreza e promoção da justiça climática.

Estudos da ONU mostram que cada dólar investido na restauração de terras degradadas pode gerar até 30 dólares em benefícios econômicos. A regeneração do solo pode fortalecer cadeias produtivas sustentáveis, melhorar a qualidade da água e ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

Entre as soluções possíveis estão:

Compromisso com a sustentabilidade e a justiça climática

O idg atua na gestão de projetos culturais e ambientais de interesse público e reconhece o papel fundamental da educação, da ciência e da articulação entre diferentes setores da sociedade na construção de respostas à crise ecológica. Promover a regeneração ambiental e a valorização do patrimônio natural é também promover o direito ao futuro.

Neste 17 de junho, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e convidamos todos a refletirem sobre os caminhos possíveis para restaurar a terra e garantir dignidade às gerações presentes e futuras.

Vamos juntos desbloquear essas oportunidades?