A partir do dia 18 de julho, o Museu do Amanhã dá início à Ocupação Esquenta COP, uma extensa programação cultural e educativa que antecipa os debates da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 30. Sob gestão do idg – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o museu convida o público a refletir sobre sustentabilidade, ciência e justiça climática por meio da arte, da educação e do diálogo.

O evento marca a abertura de 1.200 m² de área expositiva ,legado que permanecerá para mostras temporárias futuras e inaugura três novas exposições com curadorias que entrelaçam temas urgentes como a preservação dos biomas brasileiros, os saberes ancestrais e os direitos dos povos originários.

Claudia Andujar e o poder de imaginar futuros

Principal mostra da ocupação, a exposição inédita Claudia Andujar e Seu Universo: Ciência, Sustentabilidade e Espiritualidade, com curadoria de Paulo Herkenhoff, apresenta 130 fotografias da artista suíça naturalizada brasileira, conhecida por sua trajetória de defesa do povo Yanomami. Ao lado de nomes como Denilson Baniwa, Walter Firmo, Sebastião Salgado, Maureen Bisilliat e Cildo Meireles, Andujar constrói um diálogo entre imagem, território e resistência.

A exposição propõe uma experiência imersiva onde arte e ativismo se encontram como manifestação de cuidado e insurgência, destacando a fotografia como linguagem viva e instrumento de transformação.

Reflexões urgentes sobre água, território e espiritualidade

Em Água Pantanal Fogo, os premiados fotógrafos Lalo de Almeida e Luciano Candisani apresentam o Pantanal em toda sua potência e vulnerabilidade. A curadoria de Eder Chiodetto organiza um retrato profundo do bioma, onde a beleza natural se contrapõe aos efeitos devastadores das ações humanas. A mostra é fruto da parceria entre o Museu do Amanhã e o Instituto Tomie Ohtake.

Já Tromba D’Água, em cartaz na Galeria Leste com entrada gratuita, reúne 27 obras de 14 artistas latino-americanas. Com curadoria de Ana Carla Soler, Carolina Rodrigues e Francela Carrera, a mostra traz pinturas, esculturas, fotografias e vídeo-instalações que evocam espiritualidade e ancestralidade por meio da força das águas e do feminino como canal de sabedoria e potência coletiva.

Arte como instrumento de engajamento

Além das exposições, a Ocupação Esquenta COP contará com rodas de conversa, oficinas, aulões, encontros com artistas e apresentações musicais. A proposta é fomentar o pensamento crítico e engajar o público nas grandes questões do nosso tempo. Como destaca Fabio Scarano, curador do museu, “com a Ocupação Esquenta COP, queremos afirmar a arte como um verdadeiro manifesto pelo futuro”.

Museu do Amanhã: dez anos de impacto e renovação

A Ocupação também marca o início das comemorações pelos 10 anos do Museu do Amanhã, celebrados em dezembro. Desde sua inauguração, o museu já recebeu mais de 7 milhões de visitantes e se consolidou como um dos principais centros culturais do país. Parte desse sucesso se deve ao modelo de gestão inovador e sustentável conduzido pelo idg, com múltiplas fontes de receita e forte atuação na captação de recursos por leis de incentivo.

Com um público diverso e programas que priorizam acessibilidade e inclusão, o museu continua fiel ao seu propósito: promover o conhecimento científico, a sustentabilidade e a diversidade como pilares para imaginar e construir futuros possíveis.

Serviço Ocupação Esquenta COP

Museu do Amanhã – Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro  18 de julho a 4 de novembro de 2025  De quinta a terça-feira, das 10h às 18h  Mais informações: www.museudoamanha.org.br