A partir do dia 4 de agosto, o Museu do Jardim Botânico inicia uma nova programação com foco na valorização das culturas afro-brasileiras e no aprofundamento de debates sobre memória, história e meio ambiente. O Fórum Negritude em Foco será realizado mensalmente na sala multiuso do Museu, com encontros gratuitos e abertos ao público.

A iniciativa integra a primeira fase do Plano de Ações Afirmativas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, anunciado na inauguração do Memorial das Mãos Negras, em novembro de 2024. O Fórum foi idealizado por um Grupo de Trabalho responsável pela implementação do plano, com o objetivo de ampliar o diálogo étnico-racial dentro da instituição e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, diversa e inclusiva. 

Com curadoria coletiva e mediação de servidores e pesquisadores do próprio Jardim Botânico, a programação reúne nomes de referência em áreas como história, antropologia, museologia e conservação ambiental. A palestra inaugural será ministrada pelo historiador Flávio Gomes (UFRJ), no dia 4 de agosto, com o tema "Escravidão e Memória no Jardim Botânico do Rio de Janeiro", e contará com fala de abertura de Sérgio Besserman Vianna, presidente do JBRJ, e mediação de Deborah Tavares, coordenadora de Responsabilidade Socioambiental da instituição e uma das organizadoras da iniciativa.

Ao longo do semestre, os encontros abordarão temas como objetos e imagens afrodiaspóricos em museus e jardins, ecologia quilombola, os Pretos Novos e a relação entre quilombos e unidades de conservação.O Fórum Negritude em Foco também reforça o compromisso institucional com os princípios do desenvolvimento sustentável, em consonância com as diretrizes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, especialmente os que dizem respeito à equidade, à educação de qualidade e à redução das desigualdades.

Sobre o convidado 

Flávio Gomes é professor de História do Brasil na UFRJ e pesquisador do CNPq, com foco em práticas políticas, territorialidades e experiências negras no Brasil escravista. É autor de obras de referência sobre quilombos e resistência negra, como Histórias de Quilombola (Companhia das Letras, 2006), Mocambos e Quilombos (Claro Enigma, 2015) e The Story of Rufino (Oxford University Press, 2020).

O Museu do Jardim Botânico conta com patrocínio master da Shell Brasil e gestão do idg - Instituto de Desenvolvimento e Gestão. Inaugurado em março de 2024, o espaço apresenta ao público, por meio de exposições, conteúdos interativos e programação cultural para todas as idades, o trabalho pioneiro do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro para o conhecimento e conservação da flora brasileira. 

SERVIÇO

Fórum Negritude em Foco1ª edição,  4 de agosto de 2025Horário: 14h30 às 16hLocal: Sala Multiuso do Museu do Jardim Botânico - 1º pavimentoVagas: 50, por ordem de chegadaEntrada gratuita | Classificação livreTransmissão ao vivo pelo canal do JBRJ no YouTube: www.youtube.com/JardimBotanicodoRiodeJaneiro

Museu do Jardim BotânicoVisitação: quinta a terça-feira (fechado às quartas) / 10h às 17h

Acesso pela Rua Jardim Botânico, 1008 – Jardim BotânicoEntrada gratuita.