Museu do Amanhã no “The Best in Heritage”

 

O prêmio LCD Awards de 2018 na categoria de Melhor Organização Cultural do Ano para promoção de Soft Power levou o Museu do Amanhã a ser um dos 43 convidados pela organização "The Best in Heritage" para a sua conferência anual que, neste ano reuniu, nos dias 25 e 27 de setembro, na Croácia, os melhores projetos e práticas em museus, patrimônio e conservação. A apresentação coube a Ricardo Piquet, diretor presidente do Instituto de Desenvolvimento e Gestão, responsável pela gestão do equipamento cultural desde a sua inauguração, em 2015.

 

O evento acontece anualmente na cidade medieval de Dubrovnik, que foi considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1979, com a presença de profissionais da arquitetura, museologia, design, comunicação, turismo e patrimônio, entre outros. O objetivo é conferir ainda mais destaque a projetos premiados ao redor do mundo no ano anterior para que inspirem iniciativas similares. A 18ª edição teve como tema “Projetos de influência”.

 

Em sua apresentação, Ricardo Piquet falou dos programas do Museu do Amanhã que põem em prática o Soft Power, ou seja, a capacidade de engajar e influenciar pessoas, e que levaram o museu a faturar o LCD, em 2018, nesta categoria. O Programa de Vizinhos, por exemplo, que hoje tem quase cinco mil inscritos (16% da população que reside na Região Portuária); o Entre Museus, que já levou quase dois mil estudantes das escolas da região portuária aos museus e centros culturais da cidade; o Mauá 360º, criado para os moradores da região compartilharem conhecimentos sobre a cidade, a partir da perspectiva da Praça Mauá; o Coral Uma Só Voz, que reúne moradores em situação de rua toda semana para ensaiar no museu, entre outros.

 

“O Museu do Amanhã provoca nos visitantes uma reflexão sobre os seus atos hoje para construir um amanhã mais sustentável e em que todos possam conviver em harmonia. Nesse sentido, não só os programas voltados para a comunidade são importantes, mas as nossas iniciativas de inclusão e acessibilidade para diversos públicos, como a comunidade LGBTI, pessoas com deficiência, moradores em situação de rua. Nosso público é formado, em boa parte, por pessoas que nunca tinham ido a museus. Saber que elas se sentem à vontade para entrar, saem com um conhecimento ampliado sobre o mundo e desejam voltar mais vezes é a sensação de que cumprimos parte de nossa missão”, comenta Piquet.

 

Representantes de cinco continentes marcaram presença na conferência, entre eles o Museu Van Gogh, o Museu Histórico de Shangai, o Museu de Arte Contemporânea de Chicago, além de instituições do Japão, Croácia, Rússia, Austrália, Canadá, entre outros.

 

A iniciativa é organizada pela European Heritage Association, da qual faz parte "The Best in Heritage" em parceria com a Europa Nostra e o ICOM (International Council of Museums). Todos os participantes receberam um certificado de “Membros do Clube de Excelência” do "The Best in Heritage".