IDG participa da Conferência de Museus Rio de Janeiro 2022

Nos dias 3 e 4 de junho, o Museu de Arte do Rio recebeu a Conferência de Museus Rio de Janeiro 2022, uma iniciativa que contou com a participação de especialistas em museus da América do Sul e Europa para debaterem sobre a reconstrução do Museu Nacional. Representando o IDG esteve presente a historiadora Vanessa Marinho, coordenadora de ações educativas do Museu das Favelas (Mufa), em São Paulo – equipamento cultural gerido pelo IDG com inauguração está prevista para o segundo semestre de 2022.

 

Durante os dois dias de evento, os debates foram em torno de temas centrais como "Museus no campo de tensão da sociedade", "Coleções e Arquivos" e "Sustentabilidade".  Na sexta (3), Vanessa dividiu com o público o processo de implementação do Mufa e o papel central que as experiências periféricas têm neste contexto. “Ao entendermos que os museus são espaços de criação, legitimação, disputa e contestação narrativa é que a gente entende a potência do trabalho a ser desenvolvido pelo Museu das Favelas, algo que encaramos como um desafio/oportunidade. Nossa atuação será guiada pela pauta antirracista, diálogo com os territórios e discussões sobre a decolonialidade”, disse a coordenadora.

 

Após a apresentação, a historiadora realizou uma dinâmica na qual pediu que os presentes dividissem com os demais o que primeiro vem à mente quando o assunto é favela. Para finalizar, foi aberto um tempo para as perguntas sobre a concepção do museu e como seria a participação das favelas nesse processo.

 

“Vamos pensar na favela como protagonista para a desconstrução de estereótipos. O Mufa é pensado como um trabalho que irradia e não que sintetiza”, concluiu Vanessa Marinho.

 

Sobre a Conferência de Museus Rio de Janeiro 2022

 

O encontro foi realizado pelo Goethe-Institut e pelo Museu Nacional (UFRJ), juntamente com diversos museus e instituições culturais e com o apoio do Ministério Federal das Relações Exteriores da Alemanha. O objetivo foi desenvolver conceitos que preparem os museus de história natural e de etnologia para o futuro em tempos difíceis.