This site uses cookies to guarantee you the best browsing experience. Check out the Privacy Notice.
ONLY NECESSARY ACCEPT ALL

idg news Ricardo Piquet participa de evento sobre gestão no MAR

14/02/2020

Tornar-se relevante para a sociedade e ter uma gestão que assegure sustentabilidade e segurança jurídico-financeira para quem investe, seja o público, os associados, patrocinadores ou entes governamentais. Para Ricardo Piquet, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento e Gestão, a combinação desses fatores é o segredo para a manutenção e o sucesso de equipamentos culturais e ativos públicos. O executivo foi um dos palestrantes do painel “Excelência em gestão, inovação e desafios da sustentabilidade financeira”, realizado no Museu de Arte do Rio (MAR). O evento reuniu dirigentes de organizações sociais, como Carlos Gradim, diretor-presidente do Instituto Odeon, à frente do MAR, representantes de empresas e do setor público, além de curadores, artistas e diretores de museus e instituições culturais para debater os 7 anos do MAR e o futuro dos museus.

 

“Cada experiência que tivemos, seja na gestão das Bibliotecas-Parque, do Paço do Frevo ou do Museu do Amanhã, nos mostrou que o sucesso desses projetos está ligado diretamente à importância que a comunidade dá a cada um. Quando enfrentamos a crise financeira nas Bibliotecas-Parque, o público que frequentava e a sociedade protestaram muito, nos apoiando e exigindo uma solução. Infelizmente, muita gente nunca tinha ido ao Museu Nacional quando ele pegou fogo. A tragédia ficou marcada também por isso. A sociedade precisa mudar, exigir de políticos e empresários investimentos, frequentar os museus”, afirmou Piquet.

 

O diretor falou também do “mantra” que toda a sua equipe segue no IDG: a preocupação diária com a segurança jurídico-financeira dos equipamentos. Para alcançá-la, frisou, o instituto conta na gestão do Museu do Amanhã com Conselhos Fiscal e Administrativo, auditoria externa contratada e uma área interna de compliance. A criação de um Conselho Consultivo, com a presença dos diretores das empresas patrocinadoras, de representantes da Prefeitura do Rio, além de intelectuais e especialistas, foi uma estratégia para prestar contas das atividades e decisões de gestão, mas também para apresentar os desafios enfrentados no dia a dia.

 

“Montamos um arcabouço que nos confere credibilidade e confiança em quem investe. Prestamos conta de todo real investido em projetos no IDG, não só aos órgãos de controle, como os Tribunais de Conta e o Ministério Público, mas às Prefeituras e também a quem aporta o investimento e ao público. Aliado a isso, temos a qualidade do trabalho de nossas equipes de colaboradores. Não existe empresa que dê respaldo financeiro se não trabalharmos da maneira correta e com qualidade. Se tivermos boa governança, um bom projeto, o recurso aparece. Não queremos sair para captar recursos, mas atraí-los. Por isso, é importante criar valor, fazer com a pessoa deseje estar conosco nos projetos”, comentou.

 

Participaram do painel Luciane Gorgulho, Chefe do Departamento de Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo do BNDES, que falou sobre a importância da cultura para a economia do país, das dificuldades enfrentadas pelos contingenciamentos dos órgãos públicos e a inconstância dos incentivos via Lei Rouanet, sujeitos a intempéries da economia e dependentes do desempenho econômico-financeiro das empresas. E também Heloísa Queiroz, Gerente de Museus da Secretaria Municipal de Cultura do Rio, que contou sobre a experiência de aprender a trabalhar com as organizações sociais como o Odeon, que faz a gestão do MAR, e o IDG, fazendo a mediação, o acompanhamento e a avaliação dos contratos de gestão firmados entre elas e o poder público. Emocionada, Heloísa revelou que sua prioridade é a cultura e que, mesmo com as dificuldades orçamentárias de sua secretaria, sempre acreditou que os museus não corriam risco de fechar.

 

“Sabemos quantos empregos são gerados pela cultura e como museus como o MAR e o Amanhã levam o nome da cidade do Rio para outros estados do Brasil e para o exterior. Além disso, é muito gratificante saber, por exemplo, que os professores e estudantes de regiões como a Zona Oeste conhecem os equipamentos culturais da região portuária. Os museus também são locais de conhecimento, de aprendizado”, destacou Heloísa.