Na última segunda-feira (18), o Museu do Amanhã promoveu uma cerimônia de abertura da exposição Amazônia, de Sebastião Salgado. No evento, o fotógrafo destacou o trabalho de imersão de sete anos que culminou nas mais de 190 fotos presentes na mostra.

Sebastião falou sobre temas como política, conservação da floresta e o recente caso do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Philips. Sebastião foi crítico quanto à atuação do poder executivo federal na Amazônia e reforçou a importância de órgãos como Funai, Ibama e Instituto Chico Mendes.

“Temos pouco mais de 25% da região amazônica como território indígena protegido pela Constituição, graças a vitórias históricas atingidas pela Funai por meio dos seus sociólogos, antropólogos, indigenistas e da participação efetiva dos povos tradicionais", frisou o fotógrafo e ativista.

Lélia Wanick, curadora e cenógrafa responsável pela exposição, deu detalhes sobre o processo de curadoria da mostra e explicou o motivo de o casal ter escolhido mostrar a floresta de pé. “O objetivo era que o visitante se sentisse dentro da floresta, vivenciando um pouco da magia exuberante da Amazônia, da sua natureza e dos seus habitantes”, explicou.

Também participaram do evento políticos como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira e o deputado federal Marcelo Freixo. Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG, recebeu os convidados e abriu a cerimônia.

“Nós temos dois pilares éticos dentro do Museu do Amanhã que são a sustentabilidade e a convivência. A convivência é a nossa relação entre nós, como reduzir a desigualdade, os preconceitos e o racismo. Mas também falamos da sustentabilidade da nossa relação com a natureza. E esta exposição, que traz arte, ciência e convivência traduz tudo isso. Portanto, essa mostra tem tudo a ver com a história e com o propósito deste museu”, afirmou Piquet.

Público garante presença, e ingressos para primeiro dia da exposição esgotam com uma semana de antecedência

Na terça-feira (19), foi a vez do público conferir de perto as projeções e fotografias de Sebastião. Todos os ingressos disponíveis se esgotaram na semana anterior. No espaço expositivo, os visitantes experimentaram uma imersão na floresta por meio de imagens, sons e vídeos que retratam o bioma amazônico. Além das imagens, a narrativa é composta também por uma trilha sonora original do francês Jean-Michel Jarre, elaborada a pedido dos Salgados a partir dos sons da floresta.

SERVIÇO EXPOSIÇÃO:

Sebastião Salgado - Amazônia

De 19 de julho a 29 de janeiro de 2022

Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro) 

Terça a domingo, das 10h às 18h

Livre

Ingressos: inteira: R$ 30 e meia-entrada: R$ 15. Às terças-feiras a entrada no Museu do Amanhã é gratuita.