Nossa reverência a Sérgio Trindade, cientista falecido no fim de semana

 

O engenheiro químico Sérgio Trindade era um entusiasta na luta pela preservação do meio ambiente e na divulgação dos efeitos das mudanças climáticas no mundo. Em junho de 2017, esteve no Museu do Amanhã para dois compromissos: a palestra “Energia limpas renováveis”, exclusiva para os colaboradores do IDG; e a fala de abertura no seminário "Ecos da Rio-92: 25 Anos Depois".

 

Cientista que ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2007 ao lado dos integrantes do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC), ele redigiu dois capítulos da Agenda de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, a Agenda 21, documento assinado na Rio-92. Em texto para o site Eco21, Trindade falou do Museu e do seminário: "O Museu do Amanhã é uma magnífica iniciativa, (...) um verdadeiro museu para o amanhã, focado no futuro sustentável da Terra. (O seminário) Foi uma ocasião esplêndida para lembrar as dificuldades da Agenda 21 e os desafios futuros, especialmente os impactos das mudanças climáticas, para prosseguir um caminho de desenvolvimento sustentável. Eu gostei muito de visitar minha cidade natal e seu novo e icônico Museu do Amanhã!"

 

Ricardo Piquet, presidente do IDG, lamenta a perda no momento em que o mundo enfrenta a pandemia do coronavírus e precisa tanto do trabalho fundamental dos cientistas. "Além de uma carreira brilhante e vencedor de um Nobel, Sérgio era admirador do Museu do Amanhã. Sempre escrevia contando de suas viagens e pesquisas, com o mesmo entusiasmo."

 

Sérgio Trindade morreu em Nova York, no último dia 18 de março. No Museu do Amanhã, o curador Luiz Alberto Oliveira elegeu as emergências climáticas como um dos eixos temáticos a serem trabalhados na programação de 2020.