Museu do Amanhã completa sete anos

No dia 17 de dezembro, o Museu do Amanhã completou sete anos. Para marcar a data, na sexta-feira (16), o equipamento apresentou ao público o seu inventário de emissão de gases de efeito estufa referente ao ano de 2021, e o novo interativo Baía em Movimento. A programação contou ainda com uma oficina sobre agrofloresta na Horta do Amanhã e uma apresentação especial do Coral Uma Só Voz, que ensaia semanalmente no Museu.

 

“Temas fundamentais para a construção de amanhãs melhores como a preservação da Baía de Guanabara e a compensação de carbono são também prioritários para o museu, que tem a sustentabilidade como um de seus pilares, ao lado da convivência e da inovação. Estamos super felizes de podermos celebrar o nosso sétimo aniversário com estas e outras novidades importantes”, comentou Bruna Baffa, Diretora Geral do Museu do Amanhã.

 

Confira abaixo as novidades:

 

Baía em Movimento

Na instalação Baía em Movimento, a experiência é composta por um vídeo, um painel tátil e um conteúdo interativo. O vídeo conta com cenas e dados sobre os problemas que afetam a qualidade da baía, como o déficit no tratamento de esgoto, o descarte irregular de lixo e a atividade industrial crescente. No painel tátil, os visitantes podem ter uma dimensão não somente da baía, mas de toda a bacia hidrográfica que a cerca, sendo possível conferir o relevo da região, a malha de rios e a vegetação. 

 

No interativo, o público poderá ver depoimentos de especialistas e ativistas que compõem o documentário “Baía que Resiste”, dirigido por Márcio Isensee e Sá, além de fotos de uma expedição da Oceana, organização focada na conservação marinha. Nesta etapa, os conteúdos evidenciam de que forma a sociedade vem se articulando para promover o conhecimento acerca da importância da Baía de Guanabara, valorizando sua relevância ambiental, histórica, simbólica e econômica. 

 

Museu do Amanhã é carbono neutro

 

De acordo com o inventário de emissões de gases de efeito estufa divulgado na sexta-feria (16), 2021 foi o ano com o volume de emissões mais baixo desde a inauguração do equipamento, exceto pelo ano de 2020 em que o museu esteve fechado por seis meses devido a pandemia.

 

As emissões são compensadas a partir da compra de créditos de carbono. Os recursos são direcionados ao Projeto Barbosa Ceramic Fuel Switching, localizado no município de São Miguel do Guamá (PA). A fábrica de cerâmica produzia tijolos utilizando lenha nativa da Amazônia como combustível. Para mudar a situação, passou a abastecer seus fornos com combustíveis exclusivamente renováveis, como por exemplo sementes de açaí. Com essa prática, a fábrica gera créditos de carbono e reinveste a renda em benefícios para os trabalhadores e comunidade local, como a construção da sede para a Associação de produtores rurais de açaí e de um Centro de Educação Profissional no município. Esse projeto também promove iniciativas de reflorestamento e recupera cerca de 60 hectares por ano, além de já ter evitado a emissão de centenas de toneladas de CO2e e contribuindo com metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU.

 

O Museu do Amanhã realiza práticas sustentáveis como o uso das águas da Baía de Guanabara para o funcionamento da climatização e o abastecimento dos espelhos d’água, além da captação da água das chuvas por meio de sistema de calhas utilizadas na limpeza das fachadas do museu, na irrigação das plantas do jardim e nas descargas sanitárias.