Paço do Frevo lança plano de ações para os próximos cinco anos

Às vésperas de completar 10 anos — em fevereiro de 2024 —, o Paço do Frevo lança, neste sábado (7), a atualização do seu Plano Museológico. Construído de forma colaborativa, o documento guiará as ações do museu, que é Centro de Referência em Salvaguarda do Frevo, pelos próximos cinco anos, apontando as prioridades nas atividades de pesquisa, difusão, educação e formação em torno do Frevo, mantendo a missão de ser um museu feito com e para as pessoas. 

 

Segundo o plano para o quinquênio, como museu vivo e que vai muito além do Carnaval, o Paço pretende ampliar seu alcance para os mais diversos territórios que fazem o Frevo – o da festa, das periferias, das mulheres, das populações negras, da diversidade de corpos, das religiosidades e crenças. 

 

Isso tudo dando continuidade às tradições, mas com um olhar que se projeta para além do presente, apontando para novas possibilidades para a arte, a dança, a música, a educação e os trânsitos estéticos que atravessam o Frevo. Um museu e equipamento cultural de criatividades pulsantes.

 

O plano não apenas reafirma o compromisso do Paço com as diretrizes e estratégias que irão moldar o futuro do patrimônio imaterial do Frevo, mas também representa um compromisso renovado com a sociedade a quem serve.

 

“O Paço do Frevo é um museu vivo e mergulhar nesse processo de escuta para entregar à sociedade um novo Plano Museológico reafirma nosso compromisso com as diretrizes e estratégias para o futuro. Propor-se a essa revisão é renovar nosso propósito e compromisso de salvaguardar o patrimônio imaterial reconhecido pela Unesco desde 2012”, comenta a diretora do Paço do Frevo, Luciana Félix. 

 

“Esse Plano Museológico é mais do que um planejamento para os próximos cinco anos, é resultado de um processo coletivo formado por múltiplas vozes. O presente documento denota o esforço empreendido pela atual gestão do Paço do Frevo com um museu democrático e comprometido com sua dimensão pública”, afirma Gleyce Kelly Heitor, educadora, pesquisadora e museóloga, à frente da Andarilhagem, consultoria responsável por realizar o Plano Museológico do Paço.

 

COLABORAÇÃO - Periodicamente reavaliado, o Plano Museológico é um instrumento de planejamento estratégico indispensável para identificação, organização e priorização das ações dos museus no Brasil. É uma obrigação prevista no Estatuto dos Museus (Lei 11.904/2009), que define ainda uma série de programas que devem constar nesse planejamento, visando desenvolver, por exemplo, questões de acessibilidade, exposições, acervos e ações educativas de forma integrada.

 

A lei recomenda que o plano seja elaborado de forma participativa, considerando as diferentes equipes do museu e também a comunidade envolvida. No processo, também foram consideradas as demandas das instituições municipais diretamente ligadas à gestão do equipamento - a Prefeitura do Recife e a Fundação de Cultura Cidade do Recife. 

 

Através de encontros, o Paço ouviu mais de 60 pessoas de diversos grupos e agremiações, músicos, compositores, dançarinos e pessoas vinculadas à produção, vivências e pesquisas sobre o Frevo, além dos seus colaboradores.  

 

Também realizou uma pesquisa ampliada junto aos visitantes e entusiastas do equipamento cultural através de formulário eletrônico, com participação anônima. Nele, o público opinou sobre itens que iam da limpeza à visita mediada, passando pelos espaços de pesquisa e a acessibilidade. Além disso, a pesquisa visou entender a percepção da sociedade civil sobre o Paço do Frevo e como avalia, por exemplo, as exposições e o educativo.

 

SERVIÇO

Lançamento do Plano Museológico do Paço do Frevo (2023 - 2028)
Com Orquestra Seraphins
Sábado (7), às 15h
Na Praça do Frevo (3º andar do museu)
Acesso mediante ingresso (R$ 10 inteira e R$ 5 meia)

 

Paço do Frevo - Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Bairro do Recife, Recife
Horários: Terça a sexta, 10h às 17h | Sábado e domingo, 11h às 18h
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia) - entrada gratuita às terças-feiras
*Confira aqui a política de gratuidade do museu