IDG inicia obras de preservação do Cais do Valongo
O Instituto de Desenvolvimento e Gestão iniciou a primeira fase das obras de conservação do Cais do Valongo, que contemplam acompanhamento arqueológico, restauro das ruínas, limpeza, higienização, conservação e consolidação do sítio arqueológico, foram iniciadas na última semana de maio. Nesta primeira etapa, o IDG fez o planejamento da obra, deu entrada nos licenciamentos necessários para o início dos trabalhos e contratou uma empresa de restauro e um arqueólogo. A previsão de conclusão desta etapa é de seis meses.
O Cais do Valongo, declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 2018, recebeu uma doação de R$ 2 milhões de um fundo do Consulado Geral dos Estados Unidos para essa etapa de restauração. A atuação do IDG na região portuária, através de diversos projetos do Museu do Amanhã, foi fundamental para o instituto ter sido escolhido como gestor desses recursos e das duas etapas de obras de preservação do sítio histórico. Tudo começou quando a área de Relações Comunitárias, criada para a aproximação do museu com os moradores e as diversas instituições culturais que atuam na região portuária, lançou o Mauá 360, projeto que teve uma edição especialmente dedicada ao Cais do Valongo.
“Para nós, é uma honra e uma responsabilidade muito grande trabalharmos pela preservação do Cais, lugar que guarda a cultura e a memória africana que estão na origem da formação do Brasil”, declara Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG. A segunda etapa das obras, que aguarda aprovação do financiamento por parte do patrocinador, contempla iluminação cênica monumental, sinalização direcional, sistema de segurança por câmeras, substituição do guarda-corpo, além de módulos expositivos que retratam a história do Cais do Valongo e seu entorno, a conhecida Pequena África. Ao mesmo tempo, será desenvolvido um programa educativo para atender escolas da rede pública, professores e estudantes, junto a ações de comunicação para engajar a sociedade sobre a importância do sítio arqueológico.
Redescoberto em 2011, durante as obras de revitalização da região portuária, o Cais do Valongo guarda vestígios materiais da entrada de cerca de um milhão de africanos escravizados no continente americano.