Museu do Amanhã vence Prêmio José Reis de Divulgação Científica
Fotos: Guilherme Leporace
O Museu do Amanhã é o vencedor da 41ª edição do Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica, concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O reconhecimento – feito na categoria "Instituição ou Veículo de Comunicação" – se deveu ao trabalho de tornar acessível aos públicos o conhecimento sobre ciência, tecnologia, inovação e seus avanços.
A comissão julgadora ressaltou o papel desempenhado pelo Museu. "Ele trouxe novos públicos para os museus de ciência e divulgação científica. A instituição investe em exposições, eventos que promovem o debate acerca do impacto da ciência na sociedade e a reflexão sobre o nosso futuro, além de investir na capacitação de divulgadores, professores e estudantes", relatou a comissão.
"É importante destacar que o Museu do Amanhã entrou no calendário turístico e educativo da cidade do Rio de Janeiro e no país. No entanto, seu impacto não se restringe à cidade do Rio do Janeiro, pois tem usado as mídias sociais para transmitir suas atividades adequando à linguagem própria destas mídias", continuou.
Ricardo Piquet, presidente do IDG (Instituto de Desenvolvimento e Gestão), responsável pela gestão do Museu do Amanhã, enfatizou que o equipamento atrai um público que não costuma frequentar museus e que isso valoriza ainda mais o trabalho da equipe de tornar a ciência mais acessível e atraente. "O prêmio nos coloca na galeria de grandes instituições de ciências, de grandes pesquisadores e comunicadores. É uma honra ter esse reconhecimento de uma instituição como o CNPq por compartilharmos conhecimento, de forma inovadora, com a população em geral, especialmente num ano em que a ciência passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, provando ser fundamental para a nossa existência", reforçou Piquet.
Evaldo Vilela, presidente do CNPq, destacou o papel de estimular o interesse pela ciência nos mais jovens. "Por meio de iniciativas como o Museu do Amanhã, levamos as realizações científicas para o grande público, incentivamos jovens e crianças a conhecer e gostar de ciência e aproximamos os pesquisadores e suas realizações da sociedade em geral. Isso é fundamental para que seja compreendida a importância do investimento em pesquisas científicas e tecnológicas e sejam valorizadas as instituições e as pessoas que fazem ciência", ressaltou.
Em 2020, quando boa parte do país entrou em quarentena, o Museu do Amanhã criou uma série de programas para se manter conectado e em diálogo com o seu público, entre os quais o "Amanhãs Aqui e Agora", série de conversas com a presença de cientistas, psicanalistas, economistas, ambientalistas, artistas e especialistas em diversas áreas. Os temas do ano na curadoria, como as emergências climáticas, os oceanos e a biodiversidade, passaram a ser analisados sob o prisma do Coronaceno, que aponta para vastas transformações que a civilização enfrenta no Antropoceno – era em que as ações da humanidade modificam a natureza a tal ponto que põem em risco a sua própria sobrevivência.
Na reabertura, depois de seis meses de pandemia, o Museu do Amanhã atualizou a sua exposição de longa duração para apresentar aos seus visitantes novas informações sobre o coronavírus. Vídeos novos com depoimentos de especialistas, fotos e dados viraram referência para o público. Além do conteúdo, a mensagem de que a ciência e a educação salvam vidas foi explicitada na forma como o museu promoveu a volta do público, com sinalização sobre o distanciamento social, a obrigatoriedade do uso de máscara e a orientação dos educadores para que as pessoas respeitassem as regras e o protocolo sanitário exigido para conter a pandemia.
Em março de 2021, o museu inaugurou a exposição temporária “Coronaceno - Reflexões Em Tempos de Pandemia”, um convite ao público para refletir sobre como a influência humana e a globalização foram fundamentais na disseminação do novo coronavírus. O tour virtual da mostra está disponível no Google Arts & Culture.